Vou para casa...

Estou de volta, num dia de chuva pelo fim do Verão, e as nuvens pesam sobre mim... Contudo alguns raios de sol rasgam o ar e a luz paira sobre a copa dos pinheiros... O cheiro de mar ficou par trás, preso na literatura da palavra MARESIA, e agora sentes o vazio do Mundo, sentes a solidão suspensa, o barulho vazio, sentes-te perdida num lugar chamado Longe... Tens medo da indiferença e talvez do ódio, todavia a saudade mata e tu estás a um passo do abismo! Olhas pela vidraça e vês cada gotícula tornar-se cristal, cada raio de sol a cristalizar momentos e sonhos... e ainda assim, sabendo que o Tempo apaga sonhos perdidos e até aqueles que não se perdendo se calam, estás de volta a casa num dia de chuva pelo fim do Verão, desejando que alguém te espere...