Tuesday, October 10, 2006

Estrelas...

Caminho pela noite, perto do Mundo, longe de ti... As estrelas sussurram a minha desgraça, e o vento comove-se... então bate mais forte, limpa as lágrimas da minha face, que quebram no chão como cristal que se estilhaça...
Caminho para longe, fugindo de ti, desejando ir ao teu encontro... fujo de ti, de mim, do mundo, deste sentimento que arde, que não cessa.
O maravilhoso som do silêncio agrada-me , assusta-me... Pelo vento chega o aroma do teu perfume e pela noite dentro eu fujo de me encontrar. Sinto o abismo que renasce dentro de mim e olho para a tua recordação que teima em permanecer, e suplico ao vento que a desfaça,ao abismo que a esconda... Sinto o Mundo comigo, mas tudo é pó e sombras! Sombras de tudo o que começou e não terminou, sombras infinitas de seres finitos, pó e sombras de tudo o que é Nada!
Erguem-se agora muralhas de cristal entre mim e o mundo, e olho o céu... Adormeço enfim cansada, desiludida, magoada, louca... ... penso ter morrido, e como o desejei...
Acordo enfim e tenho apenas a recordação de um céu que estalava de estrelas, de um vento feito de suspiros, de um mar feito de lágrimas de pecado... E de um pecado infâme, mortal: amar-te infinitamente.

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