Monday, November 27, 2006

No tempo do Nada
Eu era uma borboleta
Pura, singela, natural
E tu?
Tu criaste-me.
Tu protegeste-me.
Deste-me esperança, vida, alento
Mas depois veio outro Tempo!!
Tempo de alguém,
De um outro alguém.
E tu que me criaste na mão…
Tu que me deste a vida nas tuas mãos…
Tu que pintaste as minhas asas de matizes suaves,
Tu?!
Tu…
Arrancaste me as asas,
Quebraste-as como vidro,
Rasgaste-as como quem rasga papel
E olhaste para mim,
Olhaste como quem ama, como quem me amou
Mas as tuas palavras eram de carvão,
Eram azedas…
E disseste me: voa!!
Só para me humilhar
Só para me magoar
E eu,
Que nas tuas mãos era protegida
Tombei,
Arrastei os meus olhos pelo teu sorriso
E morri
Só para que pudesses ter outra borboleta
Para que pudesses voltar a criar,
E pintar outras asas de matizes suaves,
Para que pudesses voltar a amar uma borboleta
Só para não te magoar
Só para que pudesses ser feliz com a minha morte
Corri para o meu fim,
Corri para a minha morte
Corri para o meu túmulo,
Corri…
Porque me arrancaste as asas…
… e nem no fim da vida eu pude voar!

1 Comments:

Blogger Miguel... said...

Tu nunca conseguiste distinguir entre as minhas criticas o meu gozo ou os meus avisos pois não? Quando eu avisava sobre um pensaste que era gozo...quando gozava com o outro pensaste que era critica...valha-te deus!!! nunca disse ter algo contra moleskines p nao??? Tu nunca me percebes mulher sempre tivemos problemas de comunicação....Mas a culpa é tua!!!!!! TODA!!! looool Até das discussões em casa da tótó da guida tnho saudades....

12:17 PM  

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